Olá apaixonados por livros, tudo tranquilo? Estavam sentindo falta das resenhas? Pois eu também! Hoje venho mostrar a vocês sobre o livro O Diário Bipolar da Manoela Serra, é um livro de não-ficção que aborda sobre a vida da autora, é realmente um diário, vamos ver?

Autora: Manoela Serra
Páginas: 120
Editora: Autografia
Compre: Americanas / Buscapé / Editora
Avaliação:
●●●Sinopse -Este livro é emocionante, real e inovador em sua forma de abordar o assunto central, que é o Transtorno Bipolar do Humor e Transtornos Afetivos: a Depressão, a Ansiedade e, em especial, a Síndrome do Pânico. A obra conta histórias de vida da autora, sendo elas todas voltadas para os assuntos em questão, não desviando dos temas principais, falando das situações em que os transtornos afetaram fases, eventos e situações da sua vida. A autora crê que, falando sobre seus sintomas e suas histórias, tocará o coração de vários outros que se encontram, exatamente, onde ela já esteve e está agora. E, também, ao colocar a visão dela ao final de cada história, os auxiliará a ver da mesma forma que ela. Que os transtornos nos derrubam, mas, também, cabe a nós levantarmos depois, ou não. A sua filosofia de vida: pedir ajuda sempre (Não somos uma ilha), sorrir sempre (A vida fica mais leve!), dialogar sempre (Não guarde nada que te adoece), e sempre, tentar ao máximo, se amar! (Você é a sua maior companhia, seja seu melhor amigo!).
O Diário Bipolar vai contar a história de Manoela, vai abordar seu comportamento desde a infância até como funciona as suas ciclagens. Nada de termos técnicos, o leitor verá como realmente é ser bipolar, como funciona e principalmente como a pessoa se sente.
Desde criança ela teve indícios de transtorno bipolar, porém naquela época (não tão longe assim) não era comum se ouvir falar de alguém que sofresse com isso, na verdade "bipolar" era mais usado como insulto principalmente para mulheres do que doença, por conta disso seus pais não perceberam os indícios, deste modo a autora sofreu muito com depressão, crises de ansiedade e pânico, ela ficava apavorada simplesmente por ouvir uma palavra..
“"Em seguida, a palavra "diabo" virou um tormento na minha vida, que mal havia começado. Eu tinha somente sete anos. E isso me perturbava seriamente."
Por conta de suas ciclagens muitas vezes ela entrava em constantes brigas com sua irmã gêmea, na maioria dos casos sem motivo, sendo que sua irmã cuidava dela como se fosse a caçula da família, pois as mudanças de humor também afetam os familiares e as pessoas que estão na volta de quem tem o transtorno.
As comparações com sua gêmea eram inevitáveis, já que ela costumava se sentir inferior a ela, sua irmã se sair melhor em tudo, tinha mais amigos ou um sorriso mais lindo que o dela, conclusão como duas pessoas aparentemente iguais poderiam ser tão diferentes? Uma perfeita e a outra tão "esquisita" e temperamental..
“"Corri para a minha mãe, e minha irmã estava a seu lado, e gritei mais do que alegre, cheguei em segundo, mãe! Cheguei em segundo!, com lágrimas nos olhos. Minha mãe, que olhava o placar somente, agarrou o braço da minha irmã e falou: espera que sua irmã chegou em primeiro, e me deixaram para trás."
Sua adolescência não foi diferente, pelo contrário, as coisas pioraram, em seus surtos ela só não apenas gritava e sim partia para a agressão física, entretanto os lapsos de memória se fizeram constantes nesta época, fazendo com que Manoela não se recorde das coisas terríveis que fez..
“"Você não vai querer isso, você Bipolar. Mas você família. A pessoa com Transtorno vai precisar de apoio. Sim! Vão ter dias difíceis, sim!"
A solidão bateu na porta, Manoela já não queria mais sair, comer, tomar banho... Preferia ficar encolhida na sua cama. Foi neste momento que ela foi diagnóstica com depressão profunda, fazendo com que os coquetéis de remédios fossem constantes, juntamente com os mais diversos tipos de efeitos colaterais. .
“Mas a Disney fica longe daqui. E de mim? Mais longe ainda. Minha história não começa com "era uma vez", porque se começasse , não teria sido tão decepcionante."
Depois de algum tempo uma amiga da família recomendou que os pais da autora a levassem em uma psiquiatra conhecida, e foi ai que eles ouviram "transtorno bipolar", após três semanas do diagnóstico correto a garota pode começar o tratamento com vários reguladores de humor que fazem ela ter uma vida que o padrão da sociedade chama de "normal".
Manoela escreve para o leitor, uma leitura bem informal de como realmente ela se sentia, de como eram as mudanças de suas ciclagens, de depressiva para eufórica, as épocas da mania que ela queria fazer tudo ao mesmo tempo e não terminava nada. O livro é realmente esclarecedor e tocante..
“Sofri, sim, mas tudo que passei foi um aprendizado, não consigo nem colocar corretamente em palavras. "
Em certo ponto eu tive orgulho da autora, pois acredito que não seja fácil contar coisas de sua vida para milhares de pessoas, mas ela com toda a força conseguiu passar seus sentimentos para o papel e provavelmente vai ajudar várias pessoas.
Recomendo esta leitura para TODOS, sem exceção alguma, todos devem ler este livro e passar adiante todo o conhecimento, dores e alegrias que constam nessas páginas.
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