#68 RESENHA: Olhos de vira-lata - Cláudia Guimarães

Olá amantes de livros, como vão? Por aqui anda muito frio, infelizmente. Mas como estou nas últimas semanas do semestre são milhares de trabalhos para fazer e pouco tempo para ler. Mas enfim... Vamos a resenha...

Título: Olhos de vira-lata
Autora: Cláudia Guimarães
Ano: 2016
Páginas: 204
Editora: Independente
Avaliação: + FAVORITADO

Sinopse - 

O amor consentido. Quais são as formas de um animalzinho de estimação delimitar seu território? As travessuras, os olhares meigos e compreensivos quando estamos no limiar da tristeza, a cumplicidade e a psicologia animal são ingredientes que, muito além do dom verbal, se expressa de modo carinhoso.

"Olhos de Vira-Lata" é uma narrativa a partir de outros significativo olhares, e em muitas passagens pode remeter a um clássico do cinema dos anos 1990, "Olha quem está falando", narrado a partir do ponto de vista de um bebê. Mas aqui Cláudia Guimarães se esmera em sair da história, para ser secundária com o protagonismo dado aos bichinhos.

Uma linda história de amor que merece ser lida e mais do que compreendida, sentida.

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  Olhos de vira-lata é um livro narrado por Lindinha, uma SRD (sem raça definida), que convive com sua dona e vários outros cachorros. Lindinha vai contar todas as histórias dela e de sua "dinda", com uma leveza e um encanto único..

""Minha vontade foi mostrar a língua pra ela, mas não sou tão humana assim."

  Lindinha é nossa protagonista na história, ela narra, ou melhor, late a história da sua vida, de todos os cãezinhos que passaram por ela.

 Nossa protagonista quando filhote vivia nas ruas, ela se considerava livre, mas mal sabia que sua vida estava para mudar. Cláudia é uma mulher amante de cães e não perde a oportunidade de ajudar nossos amigos caninos, e foi vendo lindinha sozinha na rua que teve a brilhante ideia de adotá-la..

"Essa mania que nós, vira-latas, temos de correr atrás de carros! É irresistível! A adrenalina vai a mil e não conseguimos nos controlar. [...] É como se fossem os esportes radicais dos humanos."

  Lindinha divide no começo a casa com dois cachorros, um delas era Flor, uma Rottweiler que não podia ver a nova integrante que saia correndo atrás, Lindinha sofreu um bocado nas mãos, digo patas dessa cadela.

 O livro é curtinho, mas repleto de histórias emocionantes e engraçadas, conhecemos vários cãozinhos ao longo da trama, e garanto a vocês que Baruk foi um dos meus favoritos. Amava as histórias que ele latia para Lindinha..

"Muito bem! Seu nome? Flor! Ironia do destino. Estava mais para planta carnívora. Tá bom, tá bom. Vou parar de latir assim dela"

 Também são trabalhados temas importantes, como castração, vacinas, abandonos, alimentação e doenças que como lindinha diz, só os cães de raça possuem essas "frescuras"..

"Grande coisa! Só porque tem uma raça definida, são inseguros, frágeis, adoecem a toa. Sou muito mais eu!"

  Este é um livro perfeito, principalmente para os amantes de animais, tem uma narrativa gostosa de ser lida e que aquece nosso coraçãozinho, espero que Lindinha resolva escrever outros livros, claro, com a ajuda de sua Dinda Cláudia pois as duas formam uma dupla imbatível. De uma chance para olhos de vira-lata te encantar também.