Olá amadinhos, tudo bem? Aqui está tudo bem, confesso que tenho lido muito pouco pois estou viciada em séries, inclusive vou trazer um post sobre elas. Mas enfim, o livro de hoje vai falar de um tema importante "Estupro", antes de escrever a resenha quero deixar frisado que todos deveriam ler este livro, homens,mulheres, adultos, adolescentes... TODOS!
Autor(a): Sohaila Abdulali
Editora: Vestígio
Ano: 2019
Páginas: 256
Nota: +Favoritado
Sinopse - Depois de sobreviver a um estupro coletivo aos 17 anos em Bombaim, Sohaila Abdulali ficou indignada com o silêncio ensurdecedor que se seguiu e escreveu uma coluna inflamada sobre a percepção acerca do estupro – e de suas vítimas – para uma revista feminina. Trinta anos depois, sem aviso, seu artigo voltou à tona e viralizou, na esteira do estupro coletivo ocorrido em Nova Deli, em 2012 (que resultou na morte da vítima), incentivando Abdulali a escrever outro artigo para o New York Times – que circulou amplamente – sobre o processo de cura de um abuso sexual. Agora, a autora apresenta Do que estamos falando quando falamos de estupro: um olhar profundo, generoso e inflexível sobre o estupro e a cultura do estupro.Partindo de sua própria experiência, bem como de seu trabalho atendendo centenas de vítimas nos Estados Unidos, além de três décadas de trabalho intelectual feminista, Abdulali encara algumas das questões mais espinhosas sobre o tema. Em entrevistas com sobreviventes do mundo todo, ouvimos relatos emocionantes de força encontrada na adversidade, no humor e na sabedoria que contam, em conjunto, uma história maior sobre o significado do estupro e como a cura pode advir.Abdulali também aponta questões sobre as quais não conversamos: Um estupro é sempre um evento que define uma vida inteira? Um estupro é pior do que outro? Um mundo sem estupros é possível?Do que estamos falando quando falamos de estupro é um livro para a época de movimentos como #MeToo, #TimesUp e #MeuPrimeiroAssédio, que vai permanecer com seus leitores – tanto homens quanto mulheres – por muito, muito tempo.Biografia, Autobiografia, Memórias / Não-ficção
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Do
Que Estamos Falando Quando Falamos De Estupro é o novo lançamento da editora
Vestígio, onde trata de temas como a cultura do estupro, assédios, e conta com
diversos relatos de vítimas. Sohaila Abdulali é a escritora e narradora do
livro, estuprada aos 17 anos por três homens fica indignada com o silêncio que
o tema "estupro" trás, assim resolve falar sobre ele..
"Usar saia curta, usar maquiagem, saber dirigir, deixar seu hijab em casa. Ter nascido mulher. Somos culpadas por tudo isso e muito mais; então, é claro que acabamos internalizando esse sentimento.
Sohaila
Abdulali, nasceu na Índia, onde as "regras" sobre a pureza e honra
das mulheres é um fator importante, aos dezessete anos enquanto passeava com
seu amigo no alto de uma montanha, os dois foram abordados por três
"homens" que agrediram o rapaz e estupraram Sohaila. Porém a autora
teve todo o apoio de sua família, ao contrário do que teve com os policiais da
cidade, que a fizeram escrever que não foi estuprada, apenas para não mancharem
sua reputação. Indignada Sohaila usa sua voz para falar sobre o assunto,
escrevendo uma matéria que teve pouca repercussão, desde esse dia o tema
"estupro" criou vez na sua casa, e assim ela começou a ajudar várias vítimas
do mesmo. .
"Precisamos falar sobre estupro, e precisamos examinar de que maneira estamos falando sobre estupro.
O
livro possui diversos capítulos que irão relatar não só o que a autora viveu,
como falar sobre o tema de fato, usando discursos de outras vítimas para
fundamentá-lo
No
primeiro capítulo Sohaila intitula de "Quem sou eu para falar?" e
fala com uma tranquilidade sobre o que aconteceu com ela, como se não fosse
nada demais, fiquei um tanto abismada, e cheguei a pensar que ela iria
"naturalizar" o estupro, como se fosse algo normal. Mas não, a autora
trás o estupro como algo cruel, horrível e salienta sempre que a culpada nunca
será a vítima, mas ao falar com tranquilidade, ela quer passar que as mulheres
não devem ser rotuladas por terem sido estupradas, e muito menos devem ficar
caladas, pois é preciso acabar com a cultura do estupro. .
""E aqui estamos nós no século XXI, rodeados de milagres nos quais somos autores. Descobrimos como ver um ao outro em telinhas que a gente carrega no bolso. Descobrimos como fazer o coração de alguém de 17 anos bater no peito de outra pessoa de 60. Como rastrear borboletas-monarcas de Manitoba até Michoacán. Como mapear galáxias que nem conseguimos enxergar. Como espécie, somos impressionantes. Então, por que é tão difícil descobrir onde é que você deve e onde não deve pôr o seu pênis? Ou compreender que ninguém pede para ser estuprado?"
Apesar
de assuntos como estupro terem ganhado uma grande evidência nas últimas
décadas, ainda há algumas pessoas que culpam a vítima, sempre desconfiam que
ela está falando a verdade, existe muita burocracia para registra B.O. Além de
ter seu corpo violado, sua privacidade negada e suas vontades ignoradas, a
vítima tem que ouvir discursos sobre o porquê estava naquele local, porque não
estava em casa. Sobre qual roupa estava usando ou se havia bebido, como se o
fato de ela ser estuprada fosse única exclusivamente sua culpa. Este é um
assunto que me indigna muito, pois é algo cruel, e ao mesmo tempo que estamos
avançando, continuamos parados no mesmo lugar. .
"Quando o presidente do país alardeia ter agredido mulheres, ele pode igualmente estar emitindo um sinal aos homens de que essa é uma maneira aceitável de agir, e dizendo às mulheres que ser atacada e desumanizada é o que lhes cabe.
A
autora também traz relatos de estupro sobre profissionais do sexo, como se pelo
simples fato de os homens estarem pagando, criam acesso livre ao corpo da
mulher, sem se importar com as vontades dela. Outra vertente relatada no livro
são as agressões sexuais ocorridas dentro do lar. "Ela é minha
mulher" é uma das desculpas mais usadas, mas quando a mulher assina para
se casar, ela não está dando liberdade e entrada 24 horas para seu corpo.
Algo
que me deixou chocada é a realidade do Kuwait, estes tempos estava lendo um
livro de fantasia, onde uma menina foi estuprada, e a pena para o agressor
seria a morte, a menos que ele se casasse com a vítima, pois assim a honra dela
seria mantida e ele absolvido, juro pra vocês que pensei que isso só poderia
ser ficção, fiquei apavorada quando li isso em um livro ficcional, imaginem a
minha cara quando descobri que isso é a realidade do Kuwait? .
"Reagi e disse que eles não podiam ter feito aqui. Ele disse: “Você estava bêbada numa casa noturna; esperava o quê?”
Deste
modo o livro vai trazer diversos relatos de vítimas, de como aconteceu com elas
e o que fizeram para sobreviver. Se falaram sobre ou guardaram para si, para
quebrar o rótulo de “ah, mas você pediu" ela traz relatos de crianças que
foram abusadas por parentes, por estranhos, algo chocante, dolorido, mas
necessário ser falado. .
"Estupro não é sexo. Do mesmo jeito que acertar a cabeça de alguém com um pau de macarrão não é culinária.
Assim,
Do Que Estamos Falando Quando Falamos De Estupro é um livro composto por temas
pesados, relatos doloridos, mas com uma narrativa leve e rápida, o que faz o
leitor compreender melhor o tema, descobrir estatísticas alarmantes.
A
editora Vestígio acertou em cheio ao trazer esse lançamento para o Brasil, principalmente
na realidade que estamos vivendo agora, e esta leitura se torna crucial a
todos.
MUITO importante esse livre pois tem muito da cultura machista envolvida nisso, a culpa nunca é da vitima
ResponderExcluirwww.tofucolorido.com.br
www.facebook.com/blogtofucolorido
Esse é um assunto mto sério e que nos mulheres devemos lutar todos os dias, pq infelizmente vivemos em um mundo preconceituoso
ResponderExcluirQue livro incrível. Já quero demais. Anotei e na próxima visita a livraria irei procurar.
ResponderExcluirEsse assuntoé muito importante, amei a indicação de livro já vou procurar pra ler
ResponderExcluirQue tema sério esse né? Fiquei curiosa pela leitura pois esse é um tema bastante falado ultimamente. Anotado, vai para minha lista de livros pra ler e vou colocar nos primeiros da lista
ResponderExcluirDevemos falar mais sobre esse assunto sim, concordo com a escritora, assunto de suma importância! e temos que combater!
ResponderExcluirNossa!! Um livro realmente que todos deveriam ler. Já vou deixar anotado na minha wishlist.
ResponderExcluirFiquei espantada quando comentou sobre o casamento. Incrível como ainda temos lugares cuja a mente da população consegue ser pior. Aff, revoltante.
Adorei a resenha. Parabéns!!
ResponderExcluirNossa quero muito ler esse livro, amei o final, sobre acertar com pau de macarrão não ser culinária, afinal muitos entendem que porque estamos de roupas curtas, estamos buscando sexo.
Obrigada pela indicação.
Esse assunto é super válido porque infelizmente faz parte do nosso cotidiano.. quem não conhece alguma mulher que já passou por isso :(
ResponderExcluirNão sabia nada sobre esse livro até vir aqui e ler teu post, já i quero na minha estante. Esse tema é tão denso, quanto oportuno e falar sobre o assunto nunca vai ser demais.
ResponderExcluirParabéns pelo post e pela resenha!
Vc disse tudo, essa leitura chega a ser uma necessidade para nós já que no Brasil é algo muito constante.
ResponderExcluirNossa, que livro interessante, todas as pessoas precisam ler ele. Vivemos numa sociedade que culpa a vítima pelo estupro, e nunca foi culpa da vítima! Precisamos tentar mudar isso o quanto antes, e precisamos falar sobre isso.
ResponderExcluirUm livro forte e necessário, estupro ainda é um tabu, a culpa ainda cai muitas vezes na vítima, e quanto mais jovem mais fácil de se manter em silêncio, muitas vezes sendo abusada várias vezes. Triste e real.
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